Pela primeira vez nos mais de 60 anos de história da F1 os carros terão o cockpit parcialmente fechados. Esta necessidade é um questionamento antigo por parte dos pilotos, e que ganhou ainda mais espaço, após o acidente que levou a morte do piloto Jules Bianchi em 2014, no GP do Japão.
A novidade deve estrear em todos os carros do grid a partir de 2017, e fez sua primeiro teste real em um final de semana de corrida, nesta sexta-feira (29 de abril) nos treinos livres para o GP de Sochi, na Rússia, pela equipe Red Bull Racing.
Daniel Ricciardo foi para a pista com o ainda conceitual Aeroscreen, uma proposta de proteção para o cockpit desenvolvida pela Red Bull, a função do primeiro teste prático foi principalmente para ver qual será o impacto do novo componente na visão do piloto ao se fazer curvas, e também testar qual será a reação do publico perante o visual da peça, já que a Ferrari durante os testes de pré temporada, chegou a apresentar um protótipo chamado de Halo, porém que foi altamente criticado pelo público por deixar o carro estranho (foto abaixo).
A FIA ainda não sabe qual será o modelo de proteção adotada, mas por enquanto, após propostas iniciais a ideia da Red Bull é a mais interessante, principalmente para manter a essencial tradicional dos carros de F1 com teto aberto.
Feito de com um vidro resistente a balas, com base de metal de alta resistência, o conceito de cockpit fechado da Red Bull resistiu nos testes a um projétil metálico de 1 quilo sendo arremessado em direção ao vidro a 230 km/h de velocidade, também foi aprovado no teste com uma roda de um F1 vindo contra a proteção a uma velocidade de 225 km/h.
Fotos: Red Bull Racing @redbullracing