Acompanhar os lançamentos dos carros chineses é um tanto complicado. De certa forma as marcas chinesas tratam seus modelos como se fossem smartphones, como é o caso do BYD Song que até então era vendido no Brasil na versão “Plus”, porém agora em julho está chegando ao mercado a versão “Pro”, que é mais simples e R$ 50 mil mais barata. Enquanto no mundo dos smartphones “Pro” é melhor que “Plus”, na BYD é o contrário, o Song Pro será uma versão simplificada em relação ao Song Plus, seu preço de lançamento partirá de R$ 189.900 para a versão Pro GS ou R$ 199.800 para Pro GL.
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Enquanto o Song Plus segue sendo ofertado por R$ 239.900, a nova versão Song Pro de R$ 189.900 chega para justamente mirar nos SUVs mais populares do Brasil, entenda, Jeep Compass (R$ 179.990) e Toyota Corolla Cross (R$ 178.590).
Sendo que a grande vantagem do BYD Song Pro é ser um plugin híbrido com até 230 cv de potência, enquanto os rivais nesta faixa de preço tem apenas motores flex. No caso do Corolla Cross existe uma versão híbrida, porém ela não é plugin, ou seja, não roda sem gasolina e sua potência é de apenas 126 cv, além de ser mais cara parte de R$ 202.690.
Importante comentar que a carroceria, além das dimensões e do interior, é basicamente o mesmo no Plus e no Pro. A diferença entre os modelos está na lista de equipamentos reduzida para tornar o Pro mais barato. O conjunto dianteiro é mais simples e tem desenho exclusivo, grade e para-choques são exclusivos do Pro e os faróis Full LED são mais simples nesta versão.
Além do visual o Song Pro é bem menos equipado, primeiramente o Song Pro não tem nenhum recurso de segurança adicional como piloto automático ACC, frenagem frontal automática frontal ou assistente de permanência na faixa, isso tudo é exclusivo da versão Plus de R$ 239.900.
Ainda falando nas perdas, o Song Pro NÃO TEM teto solar panorâmico em vidro, as rodas são menores aro 18 contra 19 do modelo mais caro, além disso, o sistema multimídia é mais simples, tem tela de 12,9 polegadas contra 15 polegadas do Plus, assim como o painel de instrumentos que no Pro tem apenas 8 polegadas contra 12 do Plus, o banco com ajustes elétricos para o motorista só vem na versão Pro GL que sai por R$ 199.800, sendo que nenhuma versão do Pro tem banco elétrico para o passageiro.
Na parte mecânica a base do conjunto híbrido do Song Pro é basicamente a mesma do Song Plus, ou seja, há o motor a gasolina 1.5, 4 cilindros, aspirado, capaz de desenvolver 105 cv de potência, que é combinado com um motor elétrico de potentes 194 cv.
A diferença está na versão mais barata “Pro GS” que tem bateria de apenas 12,9 kWh, enquanto a versão Pro GL tem 18,3 kWh (a mesma do Plus). Esta diferença influencia bastante entre os dois modelos, a versão de entrada GS roda 71 km no modo elétrico, enquanto a mais cara GL roda 110 km sem precisar de gasolina de acordo com o padrão NEDC.
Além da autonomia no modo elétrico a diferença nas baterias também afeta a potência combinada, a Pro GS tem potência total combinada de 223 cv, enquanto o Song Pro GL tem 235 cv.
Lembrando que o BYD Song Pro é um híbrido plugin, ou seja, pode ser recarregado na tomada, no caso suportando carga AC de até 6,6 kW e função V2L, que permite usar o carro como um gerador elétrico sem precisar ligar o motor, gerando corrente 220 volts por até duas horas.
Importante comentar que os valores de lançamento de R$ 189.900 para o Song Pro GS e R$ 199.800 para o Song Pro GL são promocionais, de acordo com a BYD, estes valores serão validos para as primeiras 3 mil unidades vendidas.
Esperamos que os valores normais do Song Pro fiquem em R$ 200 mil para a versão de entrada e R$ 210 mil para a versão mais equipada, os mesmos preços pedidos pela Toyota no Corolla Cross Hybrid.
Com relação aos equipamentos, podemos dizer que o BYD Song Pro tem uma lista apenas razoável pelo preço que custa, o modelo tem faróis em LED comuns, painel digital de 8 polegadas, multimídia com tela de 12 polegadas, sistema de câmeras 360 graus, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, freio de estacionamento eletrônico por botão com função Auto Hold, chave presencial com partida do motor por botão, porta malas com sistema elétrico de abertura e fechamento, bancos em couro, seis airbags, ar-condicionado digital dual zone.
A versão mais completa Pro GL agrega ainda banco do motorista com ajuste elétrico, carregador por indução para smartphones e ar-condicionado com filtro de partículas. Lembrando que não há recursos de segurança ativa e auxílios a condução.
As medidas do Song Pro são as seguintes: 4,74 metros de comprimento, 1,86 m de largura, 1,68 m de altura e 2,71 m de distância entre eixos. Já o porta-malas oferta 520 litros de capacidade. Medidas muito mais generosas em relação aos rivais, o Jeep Compass tem apenas 4,40 m de comprimento, distância entre eixos é de 2,63 m e o porta malas tem apenas 410 litros, enquanto o Corolla Cross mede 4,46 metros e tem distância entre eixos de 2,64 metros, seu porta malas acomoda 440 litros. Ou seja, podemos dizer que o Song Pro em tamanho está em uma categoria superior aos rivais.
Apesar de toda aquela velha e muito justificável desconfiança sobre uma marca chinesa recém chegada ao Brasil e sobre o complexo conjunto híbrido plugin, que ainda é uma incógnita com relação a sua manutenção e durabilidade, o BYD Song Pro podemos dizer que agrada depende do seu ponto de vista, é aquela história do copo meio cheio pra uns ou meio vazio para outros. Vamos explicar:
O BYD Song Pro oferece 230 cv de potência, tem possibilidade de rodar sem precisar de gasolina no tanque – algo inexistente nesta faixa de preço nos rivais – realmente é possível usa-lo no dia a dia como se fosse um carro 100% elétrico. Também atrai o seu estilo bonito, interior bem acabado, espaço interno superior aos rivais e uma lista de equipamentos “ok” pelo preço que custa. Por falar em preço, apesar do valor de R$ 189.900 ser promocional, o preço do Song Pro deve fisgar muitos compradores, afinal, o Corolla Cross híbrido parte de R$ 202.600 e tem motor modesto de apenas 126 cv, enquanto o Compass mais básico custa R$ 179.900 e tem motor 1.3 flex de 185 cv, que alias, está muito longe de ser um exemplo no quesito consumo de combustível.
Mas calma que nem tudo são flores. A complexidade do conjunto mecânico do Song Pro realmente pode atrapalhar na hora da revenda e fazer com o SUV chinês sofra uma desvalorização maior em relação aos rivais de mecânica mais simples, esse ponto negativo não é exclusivo do Song Pro, modelos híbridos como o Haval H6, BYD Yuan e o próprio Song Plus, vêm sofrendo uma baita desvalorização na hora da revenda. Isso só vai mudar conforme estes novos modelos eletrificados se mostrarem confiáveis de serem mantidos aqui no Brasil e isso leva tempo e investimento por parte das montadoras.
Outro ponto a ser considerado é a lista de equipamentos do Song Pro que é inferior aos rivais, o Toyota Corolla Cross em todas as suas versões já vem com o pacote de segurança ativa com piloto automático ACC, frenagem frontal automática, enquanto o Jeep Compass conta com recursos avançados de segurança já a partir da versão Longitude de R$ 198.000 e opcionalmente já pode vir até com teto solar panorâmico, o mesmo ocorre com o Haval H6, que custa apenas R$ 15 mil mais caro que o Song Pro, já entregando teto panorâmico e avançados recursos de segurança e condução como o piloto automático adaptativo ACC.
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