A Renault apresentou hoje (30 de junho) em um evento na Colômbia, sua primeira picape média de 1 tonelada, trata-se da versão de produção do conceito Alaskan, revelado em 2015. Esta é a grande aposta da Renault para conseguir entrar de vez no rentável segmento de pick ups. A Alaskan será um carro global da Renault, o início oficial das vendas começam em 2017, primeiramente na Colômbia, enquanto que no Brasil sua chegada está prevista apenas para 2018.
Seu porte é similar a rivais tradicionais no segmento como Chevrolet S10, Ford Ranger, Toytota Hilux, Mitsubishi L200 e Nissan Frontier, a Renault Alaskan ocupará uma faixa de mercado acima do Duster Oroch, tendo bons números de capacidade, como 1.000 kg de capacidade de carga e força para puxar até 3.5 toneladas na versão mais potente, a Alaskan será avaliada com uma farta lista de configurações: cabine dupla, cabine simples, chassi cabine e com caçamba alongada.
Desenvolvida em parceria com a Nissan – ela usa a mesma base da nova geração da Frontier ainda não lançada no Brasil, a Renault Alaskan é um grande projeto, desde o conceito, a caminhonete é fruto de uma parceria entre a Renault-Nissan da América Latina, Japão e França, a Renault quis focar principalmente em criar uma picape confiável e robusta.
Visual…
Um dos chamarizes da Renault Alaskan será o seu design moderno e imponente, felizmente pouca coisa mudou da versão conceitual mostrada no ano passado, que foi bastante elogiado pela crítica. Na dianteira logo chama atenção a grade com lâminas cromadas em forma de boca, que segue o atual e acertado padrão de estilo da Renault, assim como os faróis que também seguem o padrão visual de outros modelos da Renault. O para-choque é bastante imponente, conta com detalhes cromados próximos ao faróis de neblina e na parte inferior, em relação ao conceito a única perda sentida foram os faróis totalmente por LEDs que o conceito exibia com visual bastante sofisticado, no lugar a versão mostrada aqui conta com faróis comuns, contando apenas com filetes diurnos de LED em formato de “C”.
O desenho das janelas, e das caixas de rodas conferem uma aparência musculosa e imponente a Alaskan, porém não são novidades, já que é o mesmo desenho da nova Nissan Frontier. As rodas são exclusivas, elas podem ser aro 16 ou 18 com acabamento diamantado.
Enquanto que visto de traseira a Alaskan ostenta lanternas exageradamente grandes e que se projetam para fora da carroceria, além de invadir as laterais da caçamba. A tampa do porta malas conta estilo limpo, trazendo apenas um vinco na borda superior, e o logo Renault e a inscrição “Alaskan” estampados em fontes grandes.
Interior…
O interior da Alaskan pega emprestado o mesmo estilo de painel usado na nova Frontier da Nissan. Um painel de linhas suaves e bem esculpidas, além de um acabamento de bom nível, com plástico macio ao toque, detalhes na cor prata e em black piano para quebrar a monotonia do cinza, aliás o padrão de acabamento será exclusivo para a Alaskan.
A lista de equipamentos também promete agradar, a picape contará com itens como volante multi-funcional, tela colorida no painel de instrumentos de TFT de 3 pol, as versões mais caras poderão vir ainda com bancos dianteiros com ajustes elétrico, com quatro, seis ou oito posições de ajustes, sistema de aquecimento dos bancos, ar-condicionado dual zone automático e com saída independente para o banco traseiro, sistema multi-mídia com tela touch de 7 polegadas com GPS, câmera traseira e sistema de monitoramento 360 graus ao redor do carro com 4 câmeras, há ainda sistema keyless com entrada sem chave e partida por botão, além de diversos porta objetos e porta copos espalhados pela cabine.
Em termos de espaço a Renault afirma que a Alaskan terá um bom espaço para as pernas no banco traseiro, com 589mm de vão entre os bancos.
Mecânica…
A Alaskan será empurrada por uma nova gama de motores bi-turbo diesel, o 2.3 dCi com duas versões com 160 hp na de entrada e 190 hp nas mais caras, dependo do mercado ainda haverá os motores 2.5 litros, quatro cilindros a gasolina com 160 cv, além de um motor diesel mais simples 2.5 turbo.
Em termos de transmissão a Alaskan virá com um caixa manual de seis marchas ou automática de sete velocidades, tendo versões com tração 4×2 traseira ou 4×4, com funções como 4x4H para velocidades de até 60 km/h e indicada para trechos escorregadios e 4X4 LO (reduzida) que deve ser acionada apenas com o carro parado, é ideal para situações extremas como para tirar a picape da lama, areia ou neve.
A Renault destaca também a suspensão traseira da Alaskan, que traz uma solução moderna com estrutura MultiLink com cinco braços, disponível para as versões com cabine dupla, ela promete conforto para rodar na cidade, boa capacidade de carga, junto com uma boa capacidade off-road, e por falar em off-road a Alaskan contará com uma ótima altura em relação ao solo de 23 cm.
Não menos importante a Renault fala que equipará a Alaskan com diferencial de escorregamento limitado eletrônico “eLSD”, que monitora a velocidade permitindo mais segurança, podendo inclusive aplicar levemente os freios nas rodas que estão patinando com o carro em movimento, melhorando bastante o comportamento da picape em curvas.
Entre os itens ofertados haverão ainda controle de partida em subidas HSA, controle de descida HDC, além de controle de estabilidade e freios com EBS, BA e ABS.
Produção e vendas…
Se você gostou da Renault Alaskan, terá que ter um pouco de paciência, inicialmente os planos da marca é produzir a picape em três países: México, Espanha e na Argentina, para anteder os consumidores da América e Europa, porém de início ainda 2016 a Alaskan será montada apenas no México, de lá sairão as unidades vendidas no resto do mundo, inclusive para a Colômbia e Argentina.
No Brasil apenas em 2018…
O Brasil deve entrar na lista apenas em uma segunda leva, a principio por motivos de custo de importação, a Renault venderá por aqui a Alaskan produzida na Argentina, aonde a produção deve ter início apenas em 2018, ou seja, por aqui ela não chega antes de 2018.