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Haval H6 2024 – Preços, motores, consumo, versões e equipamentos

Lançado no Brasil em março de 2023, o Haval H6 hoje já vende mais do que modelos conhecidos e mais baratos como Honda City e Citroën C4 Cactus, emplacando atualmente algo em torno de 1.300 unidades ao mês. O motivo deste sucesso é simples de ser entendido, o ótimo custo benefício. Com preço inicial de R$ 214.000, o Haval H6 2024 entrega um potente conjunto híbrido de 243 cv, ou por R$ 269.000 o SUV vem com um incríveis 393 cv de potência, sem falar que, independente da motorização, o Haval H6 tem um excelente espaço interno, além de uma lista de equipamentos super recheada. Vamos conhecer em detalhes.

Preços do Haval H6 2024:

Haval H6 HEV 243 cv – R$ 214.000

Haval H6 PHEV 393 cv 4×4 – R$ 269.000

Haval H6 GT 393 cv 4×4 – R$ 314.000

Versões do Haval H6 2024

No Brasil, a linha Haval H6 2024 é ofertada em três configurações, H6 HEV (híbrido), H6 PHEV (plug in híbrido) e H6 GT (plugin híbrido), sendo que a última delas, a GT, tem uma carroceria diferente, com estilo coupé, porém o interior e a lista de equipamentos é a mesma das demais configurações. A seguir vamos comentar sobre a diferença entre as motorizações HEV e PHEV.

HEV (Hybrid Eletric Vehicle)

A opção de entrada HEV é um híbrido comum, alimentado por um motor a gasolina que funciona em conjunto com um elétrico, sendo que as baterias do motor elétrico são recarregadas pelo propulsor a gasolina, a tração é 4×2 dianteira, lembrando que nesta configuração não existe um modo 100% elétrico, ou seja, o carro não anda sem gasolina.

Visual do Haval H6 é exclusivo para o Brasil, grade e para-choque foram redesenhados pensando no gosto do consumidor local

PHEV (Plug in Hybrid Vehicle)

Enquanto que no Haval H6 PHEV ao invés de dois, há três motores, sendo um tradicional a gasolina na dianteira, combinado com dois outros elétricos, um no eixo dianteiro e outro no traseiro. O sistema PHEV usa bateria de maior capacidade 34 kWh, por isso, pode ser recarregado na tomada e consegue rodar mais de 100 km no modo elétrico, sem precisar de gasolina no tanque. Além de ter consumo muito mais baixo em relação a versão mais barata HEV.

O mais legal do H6 PHEV é que o veículo pode ser utilizado durante toda a semana sem precisar ir ao posto de combustível, já que basta carregar o carro na tomada em casa durante a noite, para obter autonomia suficiente para rodar um ou dois dias sem precisar de gasolina, com uma carga completa das baterias o SUV roda 113 km (segundo dados do Inmetro).

Haval H6 GT

Haval H6 GT tem carroceria coupê

A carroceria do Haval H6 GT é completamente diferente das demais versões, muda tudo de para-choque a para-choque, tem estilo esportivo, teto baixo com perfil coupé, porém além do visual, o ajuste mecânico do GT é diferenciado, tendo um conjunto de suspensão, direção e freios com acerto e componentes exclusivos pensados em priorizar o desempenho em relação ao conforto. Importante comentar que apesar do ajuste esportivo o motor em si não muda, é o mesmo conjunto da PHEV.

O Haval H6 GT tem carroceria com visual muito interessante, porém cobra caro por isso, custa R$ 314.000, são R$ 45 mil a mais em relação a versão convencional H6 PHEV.

Potência HAVAL H6 HEV

Por R$ 214.000, o Haval H6 HEV (foto acima) entrega um conjunto híbrido bastante robusto, combinando o motor 1.5 turbo a gasolina, quatro cilindros de 171 cv de potência, com um motor elétrico dianteiro de 136 cv alimentado por uma bateria pequena com capacidade de apenas 1,6 kWh. Juntos os dois motores do Haval H6 HEV entregam bons 243 cv de potência, para um torque impressionante de 54 kgfm.

O câmbio é uma caixa especial automática com apenas duas marchas, isso porque, o sistema híbrido que é desenvolvido pela própria GWM, utiliza o propulsor elétrico para mover o carro a maior parte do tempo. Enquanto o motor a gasolina serve apenas como um gerador de eletricidade, movendo as rodas apenas quando é necessária maior potência, em acelerações, ultrapassagens ou em velocidades mais elevadas por exemplo, tanto é que, o consumo do H6 é menor na cidade do que na estrada, já que nos trechos urbanos a maior parte do tempo é o motor elétrico que empurra o carro.

Acima o Haval H6 PHEV

Potência Haval H6 PHEV

Apesar de custar R$ 55 mil mais caro em relação a opção HEV, o H6 PHEV tem sem dúvidas um conjunto mecânico muito mais interessante. Ao começar por sua potência combinada de 393 cv é o carro mais potente que você pode comprar nesta faixa de preço no Brasil. Nesta configuração o SUV tem o motor 1.5 turbo a gasolina de 171 cv, combinado com dois motores elétricos com 136 cv cada, um sobre cada eixo, por isso, esta versão tem tração 4×4 integral automática variável de acordo com a necessidade. Chama atenção o torque de 77 kgfm, que contribui para um desempenho impressionante.

Aceleração Haval H6

A versão híbrida normal HEV, com seus 243 cv acelera de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos, uma marca muito boa pelas dimensões amplas do Haval H6, a velocidade máxima é limitada aos 175 km/h.

Enquanto que a versão PHEV, com seus 393 cv e tração 4×4 tem desempenho digno de esportivo, acelera de 0 a 100 km/h em apenas 4,9 segundos, desempenho comparável a SUVs esportivos como o Porsche Macan S (4,8 segundos). Porém a velocidade máxima, para preservar as baterias, segue limitada na casa dos 180 km/h.

Consumo Haval H6

Ambas as versões do Haval H6 têm baixo consumo de combustível, porém, aqui é bom deixar claro que, o bom desempenho do Haval acaba sacrificando o consumo na versão HEV.

H6 HEV

O Haval H6 HEV roda na cidade 13,8 km/l, uma ótima marca para um SUV que pesa 1700 kg e tem 4,70 m de comprimento, porém, na estrada, onde o motor elétrico é menos utilizado, o consumo cai bastante, não passando de 12 km/l. Não que seja uma marca ruim, afinal o Jeep Compass 1.3 turbo flex de 185 cv – que é menor que o Haval, também faz apenas 12 km/l na estrada, mas também não é uma marca que impressiona para um carro híbrido, ou é um exemplo de economia. Não custa lembrar que, o Toyota Corolla Cross híbrido faz 17,8 km/l na cidade e 14,7 km/l na estrada. Não custa lembrar que o desempenho do Corolla decepciona, com apenas 122 cv, tem a metade da potência do Haval H6.

Boa autonomia do H6

Mesmo não sendo um exemplo em relação ao consumo, o Haval H6 HEV graças ao seu tanque combustível grande, que leva 60 litros, consegue ter uma ótima autonomia, rodando mais de 828 km na cidade ou 720 km na estrada, ou seja, ao contrário de outros modelos eletrificados ou híbridos, o Haval H6 consegue encarar viagens longas sem problemas, o Corolla Cross por exemplo, por ter tanque de apenas 47 litros e roda no máximo 690 km na estrada.

H6 PHEV

O consumo da versão PHEV impressiona, graças aos dois motores elétricos, faz 28,7 km/l na cidade e 25,3 km/l na estrada, isso de acordo com dados do Inmetro (PBEV). Lembrando que esta versão PHEV tem a capacidade ainda para rodar 113 km no modo 100% elétrico. Uma ótima marca para um carro que pesa 2 toneladas, são cerca de 300 kg a mais em relação a versão HEV devido ao peso extra das baterias que ficam localizadas no assoalho central.

De série o Haval H6 vem com rodas aro 19

Autonomia do Haval H6 PHEV impressiona

O tanque do Haval H6 PHEV é menor, tem 55 litros, porém devido ao baixíssimo consumo de combustível, o modelo tem autonomia para rodar mais de 1.000 km com um tanque cheio.

Interior do Haval H6

O interior é o mesmo para as três versões do Haval H6 no Brasil, variando apenas na versão top de linha GT que tem acabamento mais sofisticado. Independente da versão escolhida temos uma cabine bonita, bem acabada, de estilo minimalista e com poucos botões, o painel é forrado em material soft touch, o acabamento interno do modelo foi refeito exclusivamente para o gosto do brasileiro, ao contrário da versão chinesa que conta com opções exóticas e chamativas como vermelho ou marrom combinados com detalhes em bronze, no Brasil a família H6 adota um padrão muito mais sóbrio, com todas as partes do interior em preto e detalhes em prata, lembrando que o pesssoal da Haval refez a cabine exclusivamente para o consumidor brasileiro.

Vale comentar que o painel, apesar da falta de botões, tem visual moderno, os bancos são largos e bem acabados, destaque para o console central em dois andares, com um amplo compartimento inferior e acabamento em Black Piano. A cabine no geral apresenta acabamento superior aos rivais, como o Corolla Cross, outro ponto interessante é que o Haval H6 não tem alavanca de câmbio, há um seletor giratório no console.

Espaço interno do Haval agrada

O espaço interno também agrada, graças a distância entre eixos ampla de 2,73 m e ao comprimento de 4,73 m, tanto quem viaja na dianteira quanto no banco traseiro desfrutam de um ótimo espaço. Comparado com outros modelos nesta faixa de preço, como Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos, podemos dizer que o Haval H6 pertence a uma categoria superior em tamanho. Pegando como exemplo o Jeep Compass, o H6 é 33 cm mais comprido e tem distância entre eixos 10 cm maior.

Chama atenção também o tamanho do porta malas do Haval H6 que também é generoso, são 560 litros um dos maiores da categoria, sendo cerca de 100 litros maior que Toyota Corolla Cross e 120 litros maior que o Jeep Compass.

Lembrando que a versão GT, por ter carroceria coupé, leva menos no porta malas, são 515 litros, mesmo assim, ainda é um espaço generoso.

Lista de equipamentos do Haval H6 é super completa

No topo do painel se destaca a moderna multimídia com tela de 12,3 polegadas, que possui conexão sem fio com Android Auto e Apple Carplay, GPS nativo, Wi-Fi, internet 4G, comandos por voz, além de comandos remotos via um aplicativo da própria GWM chamado “My GWM” – é possível através do celular fazer inumeras funções como ligar o motor, ajustar o ar-condicionado, abrir o porta malas, consultar informações de funcionamento do veículo, carga das baterias, litros de gasolina no tanque, autonomia restante e até mesmo consultar  a localização do carro em tempo real através do GPS. Lembrando que o Haval H6 por ser conectado a internet, possui sistema de atualização remota pela internet para seus sistemas, o que é bem legal, caso surja alguma atualização, não é necessário levar o carro em um concessionário.

Botões fazem falta

O único ponto negativo da cabine do Haval H6, é que não há botões físicos, o Haval é mais uma vitima dos designers minimalistas da atualidade, que sacrificam a funcionalidade em razão de deixar o interior mais limpo e economizar uma grana para as montadoras – algo infelizmente comum hoje em dia. Para realizar funções cotidianas como mudar a temperatura do ar-condicionado ou trocar o modo de condução do veículo, é necessário fazer vários toques na multimídia, o que além de chato, compromete a segurança, já que o motorista tem de tirar os olhos do caminho e focar na tela. Os botões fazem falta. A justificativa para a usencia dos comandos é o assistente por voz da multimídia, desde ligar os faróis até abrir o teto solar, basta falar com o carro, o que todos nós sabemos na pratica não é muito pratico ou preciso.

Destaque ainda para o teto solar panorâmico em vidro do Haval, composto por dois panéis em vidro, sendo que apenas o que fica acima dos bancos dianteiros abre, o traseiro é fixo, um detalhe legal é que o teto possui fechamento automático a partir dos 100 km/h.

Chama atenção também o painel de instrumentos digital configurável ao estilo tablet com 10,25 polegadas é bonito e tem alta resolução, porém não tem muitas opções de customização, não é possível por exemplo colocar imagens do GPS no painel. O Haval H6 vem de série com head up display que projeta informações no para-brisa, além de 4 tomadas USB de 10 watts, carregador wireless para smartphones com 15w, sistema de som com 8 alto falantes e 140 w de potência, vidros com sistema de aquecimento, sendo que o para-brisa tem ainda uma função própria de antiembaçamento.

Ainda podemos citar recursos como faróis Full LED com altura ajustável, faróis de neblina em LED com função que acompanha o volante em curvas, lanternas traseiras em LED, volante em couro com ajuste de altura e profundidade, ar-condicionado dual zone com saída para o banco traseiro e sistema de purificação de ar ionizado, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva para os limpadores do para-brisa, bancos em couro ecológico, porta malas com abertura e fechamento elétrico por botão, gestos ou pela chave, bancos dianteiros elétricos com sistema de aquecimento e ventilação, ajuste lombar para o motorista, partida do motor por botão e abertura das portas por aproximação, chave inteligente com destravamento das portas por aproximação, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, sistema de câmeras 360 graus em alta resolução e uma interessante função capô invisível – são um total de 5 câmeras e 12 radares, sistema de estacionamento automático Full Park Assist, além de 7 modos de condução e 3 modos de assistência da direção: Conforto, Normal e Sport.

Acabamento da versão GT é mais luxuoso

A versão H6 GT (foto acima) tem ainda um acabamento mais refinado, com bancos esportivos com detalhes em tecido aveludado Suede e o bordado GT em vermelho nos encostos, este mesmo material aveludado está presente nas forrações das portas, o acabamento das porta alias, é de melhor qualidade em relação as outras versões, há partes que imitam fibra de carbono, outro diferencial são as colunas e o teto com acabamento na cor preta.

O Haval H6 tem um dos melhores sistemas de condução semi autonomia do momento

Condução autônoma Level 2

Na parte da segurança, o Haval H6 2024 traz de série um sofisticado sistema de condução autônoma Nível 2, um dos mais atuais no mundo, com piloto automático adaptativo ACC com função Stop and Go, que acelera e freia de forma automática acompanhando o fluxo do transito na cidade e na estrada, funcionando em conjunto com o assistente de direção capaz de ler as faixas e a movimentação do carro a frente, mantendo o Haval dentro da faixa de rodagem, no transito por exemplo, o carro é capaz de acompanhar o fluxo de forma automática (recurso inexistente nos rivais Taos, Compass e Corolla Cross).

Há ainda frenagem frontal automática com reconhecimento de pedestres e ciclistas, assistente de pontos cegos inteligente que funciona mesmo com o carro desligado – alertando também a presença de veículos ou ciclistas na hora de abrir as portas, reconhecimento de placas de velocidade na via, alerta de trafego cruzado traseiro com frenagem automática ao dar marcha ré, controles de tração e de estabilidade, auxílio para descida, assistente de partida em rampas, além de seis airbags.

Itens raros no Brasil, até então presente somente em modelos de luxo

Ainda com relação a segurança, o Haval H6 tem alguns itens raros no Brasil inexistentes mesmo em carros mais caros, como o desvio inteligente com radares laterais que mantêm uma distância automática de 30 cm dos caminhões na hora das ultrapassagens, além de uma espécie de caixa preta, similar a dos aviões, que grava todos os eventos do carro, há também um sistema chamado E-call que em caso de acidentes liga automaticamente para os bombeiros no número 193.

Porém, o recurso mais curioso e moderno do Haval H6 é um sistema até então visto apenas nos modelos mais caros da BMW, chamado “Auto reverse assistance”, uma espécie de marcha ré automática, capaz de refazer de forma autônoma os últimos 50 metros percorridos pelo carro, identificando inclusive obstáculos que não estavam ali antes, é possível por exemplo, sair de ré daquelas vagas apertadas de shoppings ou prédios com apenas um toque de botão.

Rivais do Haval H6 no Brasil

Tanto a versão HEV quanto a PHEV enfrentam uma ampla gama de SUVs no Brasil, desde moelos a gasolina, híbridos e até mesmo elétricos. A versão de entrada HEV 2024 por R$ 214.000 rivaliza com Toyota Corolla Cross XRX Hybrd (R$ 210.990),  Volkswagen Taos Highline (R$ 213 mil) e Jeep Compass S (R$ 235.000).

Enquanto a versão H6 PHEV por R$ 269.000, encara modelos como Caoa Chery Tiggo 8 Pro Hybrid plug in que tem 315 cv e custa hoje R$ 240.000, o BYD Song Plus PHEV sai por R$ 229.900, porém tem apenas 235 cv e roda somente 51 km no modo elétrico, Toyota RAV4 que custa hoje salgados R$ 343.000 tendo apenas 222 cv, VW Tiguan com modestos 184 cv por R$ 284.990 e promissor 100% elétrico Volvo EX40, que custa entre R$ 219.000 até R$ 279.000.

Por fim a versão top de linha H6 GT PHEV que custa R$ 314.000 enfrenta modelos mais premium, como Volvo XC60 (R$ 340.000), Audi Q5 Sportback plugin híbrida (R$ 439.000), BMW X3 X Drive plugin híbrida R$ 450.000.

Rivais estão incomodados…

O Haval H6 já está incomodando as montadoras tradicionais como Jeep, Toyota e Volkswagen, que tratavam o Brasil como um mercado a qual poderiam vender produtos com preços pouco competitivos, já que, como não havia opções melhores o consumidor não tinha muita escolha. Um exemplo disso é a Jeep vender o Compass 4Xe híbrido por R$ 345.000, com apenas 240 cv e autonomia para rodar somente 30 km no modo elétrico. Podemos citar ainda o caso do Toyota Corolla Cross Hybrid, que no Brasil tem motor de apenas 122 cv, porém preço salgado de R$ 210.990.

Tanto é que o Haval H6 já vende hoje o quase a metade do Corolla Cross no Brasil, lembrando que estamos falando de um respeitável e confiável Toyota, contra uma marca chinesa até então desconhecida, que tem apenas 6 meses oficialmente de Brasil.

Fantasma do passado dos carros chineses ainda incomoda?

Claro que nem tudo são flores. Carros não são smartphones, ou seja, comprar um veículo no Brasil é um investimento altissimo para se dar ao luxo de apostar em uma escolha errada. Lembrando que, no começo da década de 2010, as montadoras chinesas invadiram o Brasil trazendo uma série de modelos baratos, porém com qualidade e manutenção questionáveis, resultado? A primeira invasão chinesa não passou de uma chuva de verão.

Há modelos que vieram ao Brasil apenas em um lote, após vendidos, logo foram retirados de linha, deixando seus compradores com um problemão na garagem, sofrendo com falta de peças e alta desvalorização.

O fantasma da falta de tradição e deconfiança das marcas chinesas ainda assusta e com razão ao consumidor brasileiro, algo que só vai mudar com o passar do tempo e o respeito destas marcas com o consumidor local, fato que em parte, explica o preço tão agressivo cobrado pelas novas montadoras chinesas atualmente.

Nova safra de produtos com maior qualidade

Por outro lado, também temos que comentar que estes novos carros chineses, como Haval, BYD e Chery, não tem nada haver com os antigos veículos trazidos para o nosso país na década passada. O mercado automotivo chinês foi o que mais evoluiu no mundo nos ultimos 10 anos, atualmente eles estão na vanguarda em vários segmentos, principalmente em relação a tecnologias de condução autonoma e modelos 100% elétricos. A BYD por exemplo, que vende no Brasil elétricos como o Dolphin, atualmente é líder mundial em vendas de elétricos no mundo, superando inclusive a famosa americana Tesla.

Indo mais afundo nesta analogia, podemos dizer que o mercado chinês hoje vive o mesmo “boom” que aconteceu com as montadoras japonesas Honda, Toyota e Mitsubishi nas décadas de 1980 e 1990 e com as coreanas Hyundai e Kia nas décadas de 2000 e 2010, ganhando fama e respeito a nível mundial.

Fábrica no Brasil (agora vai ser diferente?)

As montadoras chinesas, ao contrário das européias e americanas, enxergam o Brasil como um promissor e estratégico mercado para conquistar a América do Sul, tanto é que, a GWM (grupo dono da HAVAL) comprou a fábrica da Mercedes Benz no interior de São Paulo e deve a partir de 2024 produzir localmente o Haval H6 e a picape Poer.

Nesta mesma pegada a BYD, comprou a fábrica da Ford na Bahia e deve passar nos próximos anos a produzir carros elétricos no país, a Chery que hoje monta seus carros em parceria com a CAOA lá em Goias, promete reativar sua fabrica própria em Jacareí SP em 2025, focando agora apenas no carros elétricos e híbridos.

Claro que já ouvimos estas promessas no passado, a JAC até iniciou as fundações de uma fábrica na Bahia em 2012, porém os planos foram abortados prematuramente, a Chery foi mais adiante, ergeu sua planta em Jacarei em 2014, prometendo uma super capacidade de 150 mil veículos por ano, porém fechou o local em 2020 pela baixa demanda, ou seja, vendas muito baixas.

Em ambos os casos o motivo do fracasso foi simples, as montadoras chinesas se empolgaram com o preço. A Caoa Chery é exemplo disso, em 2021 eles tentaram emplacar no Tiggo 3x com motor 1.0 flex de apenas de 100 cv e sem airbags laterais por R$ 113 mil, praticamente o mesmo valor que a Volks pedia pelo Nivus de 128 cv e a Fiat Pulse de 130 cv ambos muito bem equipados. Advinha o resultado? O Tiggo 3X encalhou, sendo retirado do mercado meses após seu lançamento.

Não se engane, valores baixos como vemos aqui no Haval H6 são apenas para fisgar novos compradores para a marca e ganhar mercado. Temos que dar tempo ao tempo.

Fonte e maiores informações: GWMmotors.com.br

Equipe Encontracarros

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