A McLaren acaba de revelar a versão de corrida do McLaren Senna, assim como o saudoso piloto brasileiro que entrava na pista sempre almejando ser o mais rápido, o GTR é uma maquina feita apenas com um objetivo, ser o mais veloz possível dentro das pistas. Em relação ao McLaren Senna de rua, a versão de corrida GTR, traz diversas modificações, principalmente na aerodinâmica, capaz de produzir um downforce de incríveis 1 tonelada, o carro estreia nas pistas em setembro.
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Porque ele é tão especial?
Sem dúvidas o McLaren Senna GTR já nasce para entrar para a história da marca britânica, ele entrará no seleto grupo ao lado do McLaren F1 GTR de 1995 (vencedor das 24 horas de Le Mans) e do McLaren P1 GTR, o atual carro mais veloz já produzido pela marca.
Seu chassi é do tipo monocoque, todo feito em fibra de carbono, o que contribui para que este seja um dos modelos mais leves já feito na história da McLaren, tendo peso seco de apenas 1.188 kg, e com seu motor de 825 cv, o Senna GTR tem a melhor relação peso/potência já conseguida pela McLaren, tanto em carros de produção, quanto de corrida.
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Motorização do Senna GTR traz 825 cv
O McLaren Senna GTR tem um motor V8, 4.0, bi-turbo, capaz de produzir 825 cv de potência e 80 kgfm de torque, ele é 25 cv mais potente em relação a versão de rua do McLaren Senna. A tração é traseira e a transmissão automatizada sequencial de SSG de sete velocidades, ela inclui uma nova função com controle de largada. A suspensão traz novos ajustes e componentes, é 3.4 cm mais baixa – o carro tem apenas 1.19 m de altura.
Há três modos de condução: Wet (molhado), Track e Race, sendo que o modo Wet é uma novidade para andar em dias de chuva, ele optimiza o controle de estabilidade, tração e o ABS para se adequar a pista molhada e ao uso de pneus de chuva.
Aerodinâmica melhor que F1 produz 1,000 kg de downforce
Em relação a versão de civil do McLaren Senna, a GTR traz diversas alterações aerodinâmicas, na dianteira as tomadas de ar ficaram maiores, e o spoiler está mais longo, nas laterais foram abertas novas passagens para fazer o ar fluir melhor em direção a traseira, os vidros laterais e o para-brisa foram substituídos por policarbonato, mais leves.
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Porém é na traseira que estão as maiores mudanças do McLaren Senna GTR, o carro traz um enorme aerofólio, inspirado nos usados pelos carros da categoria LMP1 de Le Mans, há ainda um gigante difusor de ar, que faz com que o ar que passa sob o carro seja canalizado e usado para melhorar a estabilidade. O sistema de escapamento tem sua saída em uma posição mais elevada, ficando praticamente na tampa do compartimento do motor.
Lembrando que assim como na versão de rua, o Senna GTR também conta com aerodinâmica ativa, ou seja, as tomadas de ar conta com aletas que se ajustam para encontrar a melhor opção em refrigeração do motor sem prejudicar a aerodinâmica, a asa traseira também é ativa, pode ser aberta para melhorar o desempenho em retas, graças ao sistema DRS, similar ao usado pela F1, ele permite abrir a asa nas retas com um apertar de botão. Lembrando que estes recursos eletrônicos na aerodinâmica, não são permitidos em muitas categorias de automobilismo, como na GT3 da FIA. O McLaren Senna GTR produz 1.000kg de downforce, uma marca impressionante e que praticamente faz o carro grudar nos chão em curvas.
As rodas são aro 19, presas apenas por uma única porca central, e os pneus são slicks da Pirelli, medidas 285/650 na dianteira e 325/705 na traseira, aqui também o Senna GTR sai um pouco do regulamento para carros GT3, já que nesta categoria não é permitido que as rodas sejam maiores que aro 18.
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Interior…
Apesar de não ter divulgados imagens, o interior do McLaren Senna GTR para se adequar as normas de segurança da maioria das competições sofreu uma grande dieta, itens como as forrações das portas, do teto e do assoalho foram removidos, assim como o sistema multi-mídia, e os airbags, o painel foi simplificado, restando apenas uma tela digital em cima do volante, há um interessante sistema de luzes LED sobre o painel que indicam a distância do carro à frente, como se fosse uma alerta anti-colisão que será oferecido como opcional, assim como limitador de velocidade no pitlane e monitoramento da pressão dos pneus. No lugar da tela do sistema multi-mídia, foi instalado uma tela que mostra imagem de uma câmera traseira, que fica no lugar do retrovisor central. O volante é baseado nos carros de GT3, possui botões para fazer ajustes no carro e paddle shifters, as portas ainda tem abertura para cima, ao estilo asa de gaivota, porém seu mecanismo foi simplificado e carro ganhou gaiola de proteção em aço.
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O McLaren Senna GTR custará mais de R$ 5 milhões e terá apenas 75 unidades
Apenas 75 unidades do McLaren Senna GTR elas serão vendidas para equipes de corrida ao redor do mundo, cada exemplar custará £1.1 milhões de libras (algo em torno dos R$ 5.6 milhões) mais taxas. As primeiras unidades devem ser entregues em setembro.