A Chevrolet divulgou nesta segunda-feira todas as informações e detalhes do seu principal lançamento no ano de 2020, a nova geração do SUV Tracker, totalmente renovado, maior e mais equipado, o modelo agora passa a ser montado no Brasil, compartilhando a mesma base do Onix. O Novo Chevrolet Tracker 2021 chega com duas opções de motores: 1.0 e 1.2, distribuídos em 4 versões de acabamento: Turbo, LT, LTZ e Premier, sendo que apenas a versão de entrada terá câmbio manual, todas as restantes terão transmissão automática de seis marchas. Os preços partem de R$ 85.290 e vão até R$ 116.490.
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Tracker 1.0 Turbo Manual – R$ 85.290
Tracker 1.0 Turbo LT Automático – R$ 93.490
Tracker 1.2 Turbo Automático – R$ 94.090
Tracker 1.2 Turbo LTZ Automático – R$ 103.890
Tracker 1.2 Turbo Premier Automático – R$ 116.490
Esqueça todo e qualquer parentesco com a geração passada do Chevrolet Tracker, este é um carro totalmente diferente, ele mudou tudo, é fruto de uma parceria da Chevrolet brasileira com a filial chinesa, o SUV trocou de plataforma, agora será montado sobre a base do novo Onix (o antigo compartilhava a mesma base do Cruze). Chamada de GEM, a nova plataforma modular foi desenvolvida na China e no Brasil, o que possibilitou o Tracker se tornar brasileiro, ele será montado na mesma linha de produção do Onix e Onix Plus em Gravataí, Rio Grande do Sul.
A nova plataforma também permitiu ao novo Tracker 2021 ficar um pouco maior, o comprimento foi ampliado em 1,2 cm, sendo agora de 4,27 metros, a largura foi aumentada em 1,5 cm, passando para 2,04 m, e a distância entre-eixos é de 2,57 metros (1,5 cm a maior), a única dimensão que diminuiu foi a altura, reduzida em 5 cm, sendo agora de 1,63 metros.
Com a carroceria e plataforma maior, as dimensões internas do novo Chevrolet Tracker 2021 estão mais espaçosas, principalmente no banco traseiro e no porta-malas, alias o porta malas que antes era de 306 litros, agora acomodará um total de 393 litros, um aumento considerável, além disso há uma divisão de espaços no porta-malas mais inteligente, com um pequeno compartimento sob o assoalho com 37 litros.
No Brasil o novo Chevrolet Tracker 2021 terá duas opções de motores, o 1.0 turbo e o 1.2 turbo, ambos já são flex e contam com apenas 3 cilindros, 12 válvulas, trazendo injeção de combustível do tipo tradicional, indireta MPFI.
Vamos falar primeiro do motor mais potente o 1.2 Turbo flex, este novo bloco fará sua estreia no Brasil no Tracker, apesar de ter apenas 1.2 litros, ele entrega bons 133 cv de potência e 21,4 kgfm de torque, quando abastecido com etanol (com gasolina no tanque os números são de 132 cv e 19,4 kgfm), prometendo bons níveis de potência e economia de combustível, este motor virá sempre com câmbio automático de seis marchas.
Já o 1.0 Turbo flex, já é conhecido do público brasileiro, estreou por aqui no ano passado, na nova geração do Onix, ele entrega os mesmos 116 cv de potência e 16,8 kgfm de torque com etanol (16.3 kgfm com gasolina). Este motor tem câmbio manual de seis marchas na versão mais barata e automático também de seis velocidades nas demais.
Lembrando que todas as versões do novo Chevrolet Tracker terão tração 4×2 dianteira, por enquanto a montadora não tem planos de lançar uma versão 4×4.
Muita gente pode a primeira vista questionar, “poxa tiraram o potente motor 1.4 turbo de 156 cv para colocar um bloco 1.2 turbo de 133 cv”, ou ainda “mas com este motor 1.0 de apenas 116 cv, o novo Tracker não vai ficar mais lento ?” Então a primeira vista não, a GM fala que o desempenho (na versão 1.2), ficará na mesma faixa do antigo Tracker 1.4, principalmente pelo fato do modelo novo ser até 142 kg mais leve (seu peso varia entre 1.196 kg a 1.271 kg), uma diferença que pode não parecer considerável, mas é, este peso extra é o equivale a viajar com 2 pessoas permanentemente a bordo no carro.
Ou seja, por ser mais leve o novo Tracker deve compensar os cavalos a menos no motor, podemos esperar números em acelerações equivalentes ao antigo e mais potente motor 1.4 de 153 cv.
A grande vantagem de usar os novos motores turbos de baixa cilindrada é a redução do consumo de combustível. Mesmo a versão 1.2 tem números impressionantes para um SUV. O novo Tracker 1.2 turbo faz com etanol 7,7 km/l na cidade e 11,2 km/l na estrada, enquanto com gasolina no tanque ele roda 9,4 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada.
Claro que as versões 1.0 são ainda mais econômicas, a de entrada com câmbio manual faz com gasolina surpreendentes 13 km/l na cidade e 14,8 km/l na estrada, enquanto que com etanol as médias são de 9 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada.
O Tracker 1.0 automática faz com gasolina de 11,9 km/l na cidade e 13,7 km/l na estrada, enquanto que com etanol as marcas são de 8,2 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada.
Se estes dados realmente se confirmarem na pratica, o novo Tracker será o SUV mais econômico da categoria. Ou seja, a troca dos motores foi sim muito bem vinda, já que o Tracker anterior com motor a 1.4 turbo não passava dos 11,7 km/l na estrada.
Uma das maiores qualidades e atrativos do novo Chevrolet Tracker 2020 é seu interior, que trará acabamento e equipamentos em um bom nível, superior a muitos rivais da categoria.
O painel do novo Chevrolet Tracker tem desenho moderno e minimalista, o acabamento é de bom gosto, com diferentes texturas e padrões de plástico macio ao toque, há detalhes em prata e Black Piano, e a versão top de linha Premier tem revestimento em couro azul na faixa central do painel, o volante tem base reta, e os bancos tem diferentes tipos de couro (híbrido), o que confere uma aparência mais sofisticada ao SUV da Chevrolet, porém isto é limitada apenas a versão top Premier.
A lista de equipamentos das versões mais baratas não traz grandes surpresas ou evoluções em relação a geração passada do Tracker, ou em comparação com os rivais desta mesma categoria, infelizmente os melhores itens ficaram restritos apenas para a versão top de linha Premier, que custa salgados R$ 116 mil, ela sim vem recheada de equipamentos, trazendo até mesmo itens inexistentes nos rivais como teto solar panorâmico, faróis Full LED, sistema de estacionamento que estaciona o carro sozinho, alerta de colisão frontal com frenagem automática e detector de pontos cegos ao redor do carro.
Infelizmente as versões mais baratas, não são tão interessantes assim em equipamentos, além disso, a diferença de preços entre as versões também é grande. A top Premier custa nada menos do que R$ 12 mil a mais em relação a LTZ e R$ 23.000 em relação as versão LT 1.0, em outras palavras para o consumidor que busca um SUV equipado terá que desembolsar um valor extra para levar para casa a versão top Premier.
Tracker 1.0 Turbo R$ 85.290
Desde a versão mais barata o novo Tracker traz sistema multimídia com tela touch de 8 polegadas, com Android Auto e Apple CarPlay, WI-Fi com internet 4G que permite conectar até sete dispositivos ao carro, além de usar o sinal do Wifi até 15 metros ao redor do carro (o serviço é pago e tem limite de dados, com planos que variam de 2 GB por R$ 29 por mês e vai até 20 GB ao custo de R$ 84.90 mês), além disso há seis airbags, controle de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampas, faróis com luzes de condução diurna em LED e rodas de liga leve aro 16.
Há ainda de série na versão de entrada ar-condicionado manual, direção com assistência elétrica, sensor de estacionamento traseiro, computador de bordo, vidros, travas e retrovisores com acionamento elétrico, volante multifuncional, console central com descansa braço, banco do motorista com ajuste de altura, banco traseiro bipartido e rebatível, cinto de segurança de três pontos e encosto de cabeça para todos os 5 ocupantes, entrada USB para o banco traseiro, rack no teto, limitador de velocidade e sistema de som com 6 alto-falantes, faróis do tipo projetor e regulagem elétrica de altura e função “Leve-me” e “Siga-me”, que liga os faróis de forma automática quando as portas são destravadas e mantém as luzes acesas por alguns segundos após o motorista deixar o carro, lanterna traseira de neblina, além de câmbio manual de seis marchas.
Tracker 1.2 Turbo automática R$ 94.090
A versão Turbo 1.2, traz exatamente o mesmo pacote de equipamentos da versão de entrada 1.0, porém muda para o motor mais potente, o 1.2 turbo de 133 cv, além de já vir com câmbio automático, traz ainda piloto automático e o sistema Start/Stop (desligamento e partida do motor automático em paradas do veículo). Inclui botão para desabilitar o sistema.
Tracker LT 1.0 Turbo Automática R$ 93.490
Além dos itens já citados a versão LT agrega grade frontal cromada, maçanetas e retrovisores pintados na cor do veículo, rack no teto pintado na cor prata, câmera de ré, adesivo preto na coluna central, chave presencial com abertura das portas por aproximação e partida do motor por botão Easy Start, sistema Start/Stop, câmbio automático de seis marchas e piloto automático. Lembrando que não há borboletas atrás do volante, para as trocas de marcha.
Tracker LTZ 1.2 Turbo – R$ 103.890
Além de todos os itens já citados nas versões anteriores, o novo Tracker LTZ agrega ainda bancos híbridos com revestimento em couro e tecido, rodas maiores aro 17, faróis com acendimento automático, sensor de chuva, monitoramento de pontos cegos, volante esportivo com base reta e revestido em couro premium, além de vir com motor 1.2 turbo e câmbio automático.
Tracker Premier 1.2 Turbo – R$ 116.490
Como dissemos, infelizmente os melhores itens ficaram restritos apenas a versão top de linha Premier, que custa R$ 116.490, porém os R$ 12 mil adicionais cobrado por esta versão engloba um pacote recheado de itens como: teto solar panorâmico, sistema de estacionamento automático capaz de estacionar o carro sozinho, ar-condicionado digital, alerta de colisão dianteira com frenagem automática de emergência de baixa velocidade e sensor que indica a distância do veículo à frente, faróis dianteiros em LED com luz auxiliar para manobras, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, carregador wireless para celulares, descansa braço central também no banco traseiro com porta-copos.
Há ainda frisos cromados na parte inferior das janelas, maçanetas com detalhes cromados, lanternas traseiras em LED, rodas aro 17 com visual exclusivo para a versão, para-choques com acabamento com detalhes em cinza, retrovisores com luzes de seta incorporadas, painel de instrumentos com display digital colorido de 3,5 polegadas.
De início o novo Tracker 2021 terá as seguintes opções de cores, Branco Summit (única opção sólida), Cinza Satin Steel, Azul Eclipse, Prata Switchtable, Preto Ouro Negro e Vermelho Chilli, todas metálicas, a versão Premier, além destas conta ainda com a exclusiva pintura metálica Azul Power.
A Chevrolet oferecerá garantia total de fábrica de 36 meses para o novo Tracker.
O novo Tracker conta com algumas soluções para baratear o custo de produção, evitar dores de cabeça futuras e reduzir os custos de manutenção, se isso é bom ou ruim só o tempo irá responder.
A principal característica “diferente” é o sistema de injeção destes novos motores turbo da Chevrolet, que ao contrário da maioria dos outros motores turbos do mercado, como no caso da Volkswagen e seu bloco TSI e do próprio motor ECOTEC usado pelo antigo Tracker, que trazem injeção direta de combustível, os motores novos 1.2 e 1.0 turbo da Chevrolet optam por usar a antiga injeção indireta multi-ponto.
Sim, é aquela velha e confiável injeção MPFI, usada desde o começo da década de 1990, o que se por um lado poupa surpresas e garante uma manutenção muito mais em conta e simples, principalmente com relação aos bicos, ao evitar surpresas indesejadas causadas por nossos combustíveis de baixa qualidade, por outro lado permite ao motor ser um pouco menos econômico do que poderia ser.
Outra adaptação para reduzir custos de produção são os freios traseiros a tambor, nenhuma versão do novo Tracker brasileiro terá freio a disco nas quatro rodas, o que se por um lado deixa a produção e também o custo de manutenção do carro mais barato e simples, por outro lado torna-se um ponto negativo, pelo tamanho e peso do SUV, diminuindo a eficiência nas frenagens principalmente em uma condução mais esportiva.
Também difícil engolir o freio a tambor em um carro que custa R$ 116 mil, rivais como VW T-Cross, Honda HR-V e Jeep Renegade têm freio a disco nas quatro rodas, porém o modelo da Chevrolet não está só, ele se juntará ao Hyundai Creta, Nissan Kicks e Ford Ecosport, todos estes também com tambor nas rodas traseiras.
A lista de rivais do Chevrolet Tracker é extensa, mas podemos citar como os principais o T-Cross da Volkswagen que tem tem motor 1.0 Turbo de 128 cv, ou 1.4 turbo de 150 cv e preços parecidos, girando em torno dos R$ 90 mil até R$ 118 mil, além do T-Cross o Chevrolet Tracker, irá enfrentar o Hyundai Creta, que vem com motor 1.6 de 130 cv ou 2.0 de 166 cv, e preço entre R$ 80.990 até R$ 107.990, além do líder absoluto da categoria o Jeep Renegade, com motor 1.8 flex ou 2.0 diesel, ele custa entre R$ 89.990 até R$ 145.990, podemos citar ainda o Honda HR-V que tem o motor 1.8 flex de 140 cv, parte de R$ 94.900 até exagerados R$ 139.900 na exclusiva versão Touring com turbo com 173 cv, e o Nissan Kicks, também bom de mercado, ele é o mais barato de todos estes, parte de R$ 78.000 até R$ 105.190, porém tem o motor mais fraco o 1.6 de 114 cv.
É certo que a Chevrolet conseguiu desenvolver um SUV bastante competitivo para o nosso mercado, não resta dúvidas que a marca com o Tracker entrará com força para roubar do Jeep Renegade a liderança da categoria de SUVs compactos. Para isso o Tracker tem um bom pacote, que vai do design bonito e moderno, boas dimensões, espaço interno amplo, além do interior bem acabado e com uma boa lista de equipamentos, principalmente na versão top de linha, que traz itens como sistema de estacionamento automático, frenagem automática e teto solar panorâmico, faróis Full LED, tudo de série, muitos destes itens sequer existem nos rivais, outros são opcionais, por exemplo o VW-T Cross com teto solar sai por R$ 125 mil, uma diferença de quase R$ 10 mil em relação ao Chevrolet Tracker Premier que tem este item de série.
Outro ponto positivo é com relação a motorização, a Chevrolet conseguiu de certa forma unir o melhor dos dois mundos, eles apostaram em um motor de baixa cilindrada e 3 cilindros, turbo, relativamente potente com 116 cv ou 133 cv, que consegue quase que de forma milagrosa ser mais econômico que os rivais, surpreendendo com um consumo na casa dos 14 km/l, isso sem ter injeção direta de combustível, o que torna a manutenção do Tracker mais simples.
Porém há ressalvas, o motor 1.0 por ter apenas 116 cv, não será um exemplo de desempenho, principalmente na estrada e carregado, só para efeito de comparação o motor da 1.0 TSI da Volkswagen, usado no T-Cross é 13 cv mais potente, alcançando 128 cv, e tem quase 4 kgfm a mais de torque, são 20 kgfm da Volks contra 16,8 kgfm da Chevrolet.
Outro ponto que poderia ser melhorado é que a maioria dos equipamentos interessantes e inovadores, estão disponíveis apenas para a versão top de linha Premier, que custa R$ 116 mil. Não que as versões e entrada fiquem devendo, porém a Chevrolet perdeu ai a chance de ter um carro imbatível em equipamentos.
Apesar destas ressalvas, o Chevrolet Tracker tem tudo para agradar, e ser um dos SUVs mais vendidos do Brasil. Se você quiser um conselho, faça um esforço para levar a versão LTZ 1.2, ela já tem alguns bons equipamentos, o motor 1.2 e câmbio automático, por R$ 103.990 tem o melhor custo-benefício.
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