A Honda acaba de lançar oficialmente no Brasil a nova geração do City, o modelo chega trazendo tudo novo, tem nova plataforma maior, novos equipamentos, novo motor 1.5 com injeção direta, porém a grande novidade da fica sendo a inédita versão hatchback que é uma das novidades desta nova geração do City. A má noticia é que os preços subiram bastante, o novo Honda City 2022 na versão sedan parte de R$ 108.300 e vai até R$ 123.100. Enquanto a inédita versão hatchback tem menos versões e começa em R$ 112.100.
Índice desta matéria
Novo City Sedan:
City EX: R$ 108.300
City EXL: R$ 114.700
City Touring: R$ 123.100
Novo City Hatch:
City Hatch EXL: 112.100
City Hatch Touring R$ 120.300
(*Preço público sugerido para todo o território nacional, exceto Estado de São Paulo e cidade de Manaus)
Esta é a quinta geração do Honda City, o modelo que chegou ao Brasil em 2008 já em sua terceira geração, e em 2014 estreou por aqui a quarta, sendo que agora na quinta geração o City cresceu e virou praticamente um mini Civic, o City 2022 na versão sedan em comparação com o modelo anterior cresceu 9.4 cm no comprimento, enquanto a largura aumentou 5.3 cm, ele tem agora 4.55 metros de comprimento, se tornando o maior modelo na categoria.
Esta nova geração do Honda City é feita sobre uma plataforma inédita, por isso as proporções do carro mudaram completamente, apesar da distância entre-eixos não ter sido alterada (permaneceu em 2.60 m), o City 2022 ficou mais baixo, largo e comprido.
O capô foi alongado e o para-brisa ficou mais avançado, o espaço no porta-malas foi reduzido (passando de 536 litros para 519 litros), todas estas mudanças nas proporções do modelo foram em favor de ampliar o espaço interno em relação a geração passada, na pratica há um maior espaço para as pernas e ombros de quem viaja no banco traseiro, ainda nesta mesma proposta de deixar o City maior por dentro, os bancos dianteiros foram reprojetados, ganharam encostos mais finos e correm sobre trilhos mais espaçados entre si, para favorecer o conforto de quem viaja no banco traseiro, que agora dispõe de mais espaço para os pés.
Porém, apesar de serem mais finos os bancos dianteiros ficaram 2.5 mais largos, eles também tem um maior apoio para a lombar, visando oferece maior conforto em viagens longas.
Já o Novo Honda City Hatchback aposta na versatilidade, o modelo conta com a solução de bancos Magic Seat (foto abaixo), a mesma vista no Honda Fit, o banco traseiro pode ser rebatido por completo, ou em partes, ele também pode ser erguido, permitindo por exemplo levar cargas mais altas no banco traseiro. O espaço para cargas do City hatchback chama a atenção, ele alcança os 1.168 litros com o banco traseiro rebatido, superando inclusive o espaço interno do Fit.
Em termos de estilo a Honda foi na contra mão da tendência do mercado, ao invés de apostar em um design moderno e agressivo, este novo modelo traz uma carroceria com desenho mais sóbrio, elegante e conservador.
Um ponto importante é que o novo City demorou bastante para chegar ao Brasil, o modelo foi lançado na Tailândia em dezembro de 2019, ou seja está chegando ao Brasil praticamente dois anos depois, este atraso também ajuda a tirar aquele ar de novidade no design do City frente aos rivais.
Na dianteira, o Novo City ostenta faróis mais afinados, os faróis tem luzes LED diurnas em todas as versões, porém apenas a top Touring traz faróis Full LEDs.
A primeira olhada na dianteira o que chama atenção é a enorme lâmina cromada que adorna a grade e se integra aos faróis. O para-choque tem estilo esportivo com duas falsas tomadas de ar na região dos faróis de neblina.
Já nas laterais o Novo Honda City exibe uma linha de cintura mais elevada e um vinco que corta a lateral do carro na altura acima das maçanetas indo dos faróis até as lanternas traseiras, solução que visa deixar o carro com um perfil mais musculoso. As rodas são aro 16 em liga leve em todas as versões.
Por fim na traseira, o conjunto de lanternas agrada, sendo bastante largas e com efeito 3D de iluminação, além de trazerem tecnologia LED em todas as versões, elas tem lentes fumê e um desenho muito interessante quando acesas, já o para-choque aposta em um perfil mais esportivo em relação a geração anterior, trazendo duas luzes refletoras, o mesmo vale para o hatchback.
Do lado de dentro a Honda também optou por seguir uma receita mais conservadora em termos e estilo, o painel aposta em linhas mais retas e um estilo mais “clean”, os botões foram simplificados e apresentam melhor ergonomia, o painel ficou mais afinado em relação a geração passada, há novos porta-objetos no painel e no console, agora as saídas de ar ficam em uma posição mais vertical.
O nível do acabamento interno melhorou, o Novo City 2022 traz apliques em material macio ao toque e detalhes em Black Piano no painel e no console, o ar-condicionado tem saída independente para o banco traseiro, detalhes que deixam a cabine mais agradável, porém…
Há algumas derrapadas no acabamento interno do novo modelo brasileiro, como as forrações das portas que são em plástico duro, sem nenhum revestimento ou textura, com exceção de uma forração simples na altura dos encostos de braço, o resto é feito em um plástico com textura enrugada e de aspecto barato, lembrando que estamos falando de um carro que parte de R$ 110 mil.
Faltou também um teto com revestimento em tecido preto, assim como acontece com o modelo mais caro lá na Tailândia, o que também ajudaria a passar uma aspecto de maior sofisticação a cabine do novo Honda City 2022 brasileiro.
Outra falha na nossa opinião é com relação ao ausência de alguns itens esperados para um carro desta faixa de preço, como carregamento sem fio para smartphones, funções remotas e acesso a internet e Wi-Fi (funções disponíveis no modelo lá na Ásia através do Honda Connect ainda inexistente no Brasil), além disso, também não foi desta vez que o Honda City ganhou freio de estacionamento por botão e a opção de teto solar.
O acabamento da cabine do novo Honda City 2022 na versão mais cara Touring (mostrado nas fotos), é bem mais interessante, traz revestimentos em dois tons, com couro branco no painel, console e nas portas.
Outra boa evolução no novo Honda City é com relação aos equipamentos, o modelo desde a versão mais barata (EX) virá com sistema keyless com destravamento das portas por aproximação e partida do motor por botão no painel, ar-condicionado digital, central multimídia com tela touch de 8 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay com conexão sem fio, câmera de ré, seis airbags, monitoramento da pressão dos pneus, piloto automático, paddle shifter atrás do volante, acendimento automático dos faróis, faróis com LED diurnos, faróis de neblina, lanterna traseira em LED, controles de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampas, além de rodas em liga leves aro 16.
A versão intermediária LXL agrega além dos itens da EX, equipamentos como painel com tela digital de 7 polegadas colorida, ar-condicionado automático, sensores de estacionamento na traseira, bancos e portas revestidos em couro, travamento das portas também por aproximação, sistema de monitoramento de pontos cegos Line Watch que exibe na tela multimídia imagem de uma câmera instalada no retrovisor esquerdo facilitando a manobra de mudar de faixa.
Por fim a versão mais cara, além dos itens já citados agrega faróis Full LED com ajuste automático de altura e comutação automática (ele não ofusca os outros motoristas), porém a grande atração é pacote de segurança e condução Honda Sensing, usado pela primeira vez em um modelo desta categoria no Brasil, existindo apenas em parte nos rivais.
O City Touring traz de série piloto automático adaptativo ACC que é capaz de manter uma distância segura do veículo à frente, frenagem frontal automática com detecção de pedestres CMBS, assistente de permanência na faixa de rolagem LKAS capaz de ler as faixas de rolagem na estrada e alertar ao motorista caso ele saia delas de forma involuntária, fazendo inclusive pequenas correções no volante para manter o veículo no curso dentro da estrada. Há ainda o RDM um sistema que é capaz de detectar quando o carro sair da pista e ajustar a direção para evitar acidentes, todos estes sistemas funcionam graças a uma câmera de alto alcance instalada no para-brisa e que monitora o que se passa à frente do carro.
Lembrando que o Volkswagen Nivus não trazem nenhum destes itens de segurança e auxílio a condução, e custa mais caro que o City, enquanto o Nissan Versa é mais barato, porém tem apenas a frenagem frontal automática.
O Honda City hatchback terá exatamente os mesmos itens da versão sedan, porém o modelo terá apenas duas versões a EXL e a Touring, a opção de entrada LX por enquanto será exclusiva do sedan.
Deixando a parte mais polêmica para o final, a Honda curiosamente preferiu reprojetar o antigo motor 1.5, ao invés de trazer para o Brasil o novo motor 1.0 iVTEC de 3 cilindros e 122 cv que estreou no Novo City lá da Tailândia.
Podemos apontar alguns motivos para a marca ter desistido – pelo menos por enquanto, de ter um motor 1.0 turbo no Brasil, o primeiro seria por corte de custos de produção, já que o 1.0 turbo é um bloco totalmente inédito e teria claro um custo maior para ter sua produção local, o segundo motivo é que talvez ainda a falta confiança do consumidor brasileiro com motores turbo e sua confiabilidade e manutenção, por exemplo, a Hyundai mesmo tendo seu motor 1.0 turbo no Brasil, optou por manter em linha o antigo 1.6 em seus carros e este motor tem uma boa aceitação ainda.
Só lembrando que no caso da Honda claramente o motor 1.0 turbo séria uma melhor opção em termos de qualidade, já que apresenta maiores níveis de desempenho por ter torque de 17 kgfm contra apenas 15 kgfm do novo 1.5, e claro consegue ser mais econômico, já que ele tem menor tamanho e apenas 3 cilindros contra 4 cilindros do 1.5, na Tailândia este bloco chega a fazer próximo de 20 km/l no Honda City.
Mas voltando ao novo motor 1.5, justiça seja feita, ele é totalmente novo em relação ao antigo 1.5 que equipava o City no Brasil desde 2014, a potência saltou de 115 cv para 126 cv, além disso, o bloco 1.5 traz agora sistema de injeção direta de combustível, que deve contribuir para diminuir o consumo, ele traz ainda duplo comando de válvulas variável (VTC e i-VTEC), além de tuchos hidráulicos, solução que deve baratear sua manutenção, já que não exige mais fazer as regulagens dos tuchos como no antigo City e também no Civic.
Com relação ao câmbio não há grandes novidades, a transmissão do City segue a já conhecida CVT que simula até sete velocidades de forma eletrônica, porém a Honda afirma que promoveu algumas melhorias nesta caixa, visando melhorar o desempenho e a segurança, ele ganhou Step-shift e o EDDB (Early Down-shift During Braking), o primeiro deixa o carro mais esportivo, permitindo que o motorista sinta mais as trocas de marchas nas acelerações, acentuando os momentos de trocas quando o motorista pisa mais fundo no pedal, enquanto o segundo recurso é voltado a segurança, ele funciona como uma espécie de freio-motor em situações de descidas, como em serras conferindo mais controle ao motorista.
Por enquanto o novo City não terá opção de câmbio manual no Brasil.
De acordo com o programa de etiquetagem PBE do Inmetro, o Novo City na versão sedan tem consumo com gasolina de bons 13,1 km/l na cidade e 15,2 km/l na estrada. Já com etanol no tanque o City sedan roda 9,2 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada, se este consumo com gasolina na cidade se confirmar na realidade, ponto positivo para a Honda porque o City terá o melhor consumo da categoria.
Já o Honda City Hatchback faz com gasolina 13,3 km/l na cidade e 14,8 km/l na estrada, enquanto que com etanol as marcas são de 9,1 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada.
Um dos pontos fracos desta nova geração do City é seu preço elevado, enquanto o modelo anterior do Honda City custava entre R$ 75.000 até R$ 105.000, o novo claramente subiu de categoria, com preços entre R$ 108.000 até R$ 123.000.
O Honda City 2022 se torna um dos mais caros entre os sedans compactos no mercado, perdendo apenas para o VW Virtus que custa atualmente (março 2022) entre R$ 112.000 até R$ 128.000, enquanto o Nissan Versa sai atualmente por R$ 94.000 até R$ 122.000, já o Chevrolet Onix Plus tem preço entre R$ 90.630 até R$ 106.700.
O City Hatchback também não terá vida fácil no mercado brasileiro, já que os modelos hatchbacks estão cada vez mais esquecidos nas escolhas dos consumidores, que acabam atualmente optando por comprar um SUV compacto.
No caso do City Hatchback com preço entre R$ 112.000 até R$ 120.000, ele praticamente não terá concorrentes diretos, já que será bem mais caro que os rivais, como Volkswagen Polo e Chevrolet Onix que começam na casa dos R$ 75.000 atualmente, alcançando no máximo R$ 115.190 no Polo e R$ 100.900 no Onix.
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