Omega Lotus – Com motor bi-turbo de 383cv, mecânica aprimorada ele voava até os 283km/h

Lendo um exemplar da extinta revista Platina de outubro de 1994, um comparativo me chamou muito atenção, ele trazia um teste com três modelos distintos do Omega, com o novo (na época) Omega GLS com motor 4.1, o Omega Stock Car e o até então desconhecido Omega Lotus, um verdadeiro superesportivo com roupa de sedan, é deste Omega Lotus, que vamos conhecer mais um pouco.

Em 1986 a GM lançou na Europa o Opel Carlton (Omega), neste mesmo ano a General Motors passou a controlar a marca inglesa Lotus, e a junção das duas marcas daria a criação a uma série limitada do Omega, com motor exageradamente potente e interior de alto luxo. O modelo foi criado com a intenção de concorrer com os sedans da Audi, BMW e Mercedes.

Acima o motor preparado pela Lotus que equipava o Omega

O Omega Lotus foi apresentado em 1989 no Salão de Genebra. O raro modelo era construído na fábrica da Opel em Russelsheim na Alemanha, onde o carro normal era construído, porém este exemplares “velozes” eram levados para a cidade de Norfolk na Inglaterra, onde fica a sede da Lotus, era lá onde a magia acontecia e um Opel Omega comum ganhava alma esportiva.

Lá o Omega era totalmente desmontado, e sofria uma transformação completa, ganhando nova suspensão, freios, pneus, além de um novo câmbio de seis marchas, vindo do Chevrolet Corvette ZR1. Claro que a maior mudança era o motor, que dava uma nova alma ao carro, mas falaremos dele mais tarde.

A Lotus instalou no Omega, freios mais eficientes com ABS, rodas de alumínio aro 17, pneus de alta performance e baixo perfil, já a carroceria ganhou um novo conjunto para melhorar a aerodinâmica, com para-choque mais envolvente e entradas de ar maiores, saias laterais, caixas de rodas mais largas (para abrigar os pneus maiores), capô com duas entradas de ar e um aerofólio traseiro.

Internamente o Lotus Omega, trazia um acabamento revisto, com bancos esportivos com em couro de alta qualidade, detalhes nas portas em madeira, entre outros acessórios como bancos mais esportivos. Claro! sem esquecer do velocímetro que marca até 300km/h!.

Agora sim vamos falar sobre o motor que torna este Omega tão especial.

Trata-se de um poderoso bloco 3.6 litros, bi-turbo capaz de despejar 377 cv a 5.200 rpm, com o assustador torque de 56.8 kgfm !. Bem na verdade este propulsor é o mesmo motor de seis cilindros em linha e 165cv que equipava a versão “normal” do Omega, mas depois de passar pelas mãos da Lotus, ele ganhou um aumento no curso dos pistões, ganhou mais válvulas (quatro por cilindro), e dois turbos compressores Garret T25, com intecoolers tipo ar/água, estes briqnuedos já entram em ação em baixa  rotação, cerca de 2.500 rpm.

O resultado da preparação da Lotus, foi impressionante, o Omega de 4.77 metros e 1.690 kg, disparava de 0 a 100km/h em apenas 5.4 segundos e tendo força para ultrapassar os 280km/h, mas precisamente chegando a marca de 283km/h de velocidade máxima. Todo este desempenho para um carro de cinco lugares, com luxo e conforto, e porta-malas de 520 litros é algo que não pode ser esquecido.

Ah o preço na época do carro, fazia jus a toda sua potência, alguns raros exemplares dos 950 que foram construídos até 1991, foram importados para o Brasil, por estimados US$ 200 mil dólares. Onde eles estão hoje é segredo.