O Brasil é um dos líderes mundiais em combustíveis renováveis, o país tem uma das maiores frotas de carros movidos a bio combustível, apesar disso, assim como que vem ocorrendo no resto do mundo, os carros elétricos estão ganhando cada vez mais força por aqui, de olho nesse mercado em expansão, a Renault está lançando no Brasil o inédito Kwid E-TECH, com preço de R$ 142.990, o Kwid 100% elétrico é capaz de rodar até 298 quilômetros e chega para ser o carro elétrico mais barato do país.
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Enquanto o Kwid normal é produzido lá no Paraná, o elétrico Renault Kwid E-TECH chegará ao Brasil importado da China, a Renault já está realizando a pré-venda do modelo elétrico através do seu site (www.renault.com.br) mediante a um sinal de R$ 999. A expectativa da marca, é de que os primeiros exemplares sejam entregues aos compradores a partir do mês de agosto.
Chama atenção o preço de R$ 142.990, anunciado para o modelo elétrico da Renault. Apesar de não ser barato, é um valor bastante acessível se tratando de um veículo com motor 100% elétrico, que garantirá ao seu dono a tão sonhada independência dos postos de combustível.
De acordo com a Renault, este valor de R$ 142.990 será promocional de lançamento, após o período de pré-venda, o preço do Kwid E-TECH deve ser reajustado, porém a montadora não informa de quanto será este reajuste.
Sendo como for, o Renault Kwid E-TECH chega para ser o carro elétrico mais barato do Brasil, com exceção do desconhecido modelo chinês JAC E-JS1 que sai por R$ 164.990, e até então era o veículo elétrico mais acessível do Brasil, os demais modelos que usam apenas eletricidade não custam menos de R$ 200 mil atualmente.
Mesmo sendo bem mais “acessível” do que os outros modelos elétricos, o Kwid E-TECH não será um carro “popular”, afinal trocar o motor 1.0 flex do Kwid normal, pelo conjunto 100% elétrico, custará o equivalente a R$ 81.900 adicionais em relação ao Kwid Zen 1.0 que custa R$ 61.000.
Esta diferença de preço é equivalente a 12.223 litros de gasolina (a R$ 6,70 o litro), se levarmos em conta um consumo médio de 12 km/l, daria para você rodar com o Kwid normal 1.0 com gasolina, algo em torno dos 150.000 km, tendo como base a média que um motorista normal roda de 20.000 km por ano, daria algo em torno de 7 anos de gasolina, apenas para compensar o valor investido no motor elétrico.
A Renault quer conquistar quem roda muito como motoristas de app e taxistas, de acordo com a fabricante o custo por km rodado na cidade com o Kwid elétrico é de apenas 6 centavos, enquanto em um carro com motor 1.0 este valor fica próximo de 50 centavos por quilometro.
Além disso, para tentar fisgar compradores pelo bolso, a Renault oferecerá garantia de 3 anos e manutenção grátis por três anos, desde que o cliente financie o carro através do banco próprio da marca.
O Kwid elétrico também será oferecido no modo de locação, ou melhor, serviço de assinatura On Demand da Renault, porém esta modalidade não é nada barata, no plano de 48 meses com limite de rodar 1,000 km por mês o cliente pagará R$ 3.339 mensais. Algo um tanto louco, já que ao final de 48 meses o cliente terá pago R$ 160.000 apenas por ter usado o carro, com a suposta “vantagem” de não ter gasto nada com manutenção, seguro, imposto ou documentos.
O Renault KWID E-Tech conta com um bloco elétrico que desenvolve o equivalente a 65 CV (48W) de potência e 11 kgfm de torque. Apesar do carro pesar apenas 977 kg, o desempenho não empolga, 0 a 100 km/h em 14.6 segundos e a velocidade máxima é de apenas 130 km/h, mas claro, não custa lembrar que o foco aqui é ficar longe da tomada o maior tempo possível.
Para quem busca mais eficiência, o elétrico da Renault conta ainda com o modo ECO, que otimiza o consumo diminuindo o desempenho, ele reduz a potência do motor para 33 KW (44 cv) contra 48 KW (65 cv) do modo normal. Porém em compensação o carro não consegue passar dos 100 km/h neste modo.
A autonomia máxima do KWID E-Tech é de 298 km, isso rodando na cidade com o modo ECO ativado, pode não ser uma marca impressionante, já que hoje em dia há vários carros elétricos que são capazes de rodar mais de 500 km com uma carga, porém essa autonomia do Kwid é mais do que suficiente para a maioria das pessoas rodar no dia a dia nas grandes cidades, já que a maioria roda menos de 50 km por dia, portanto os 298 km de autonomia de acordo com a Renault, serão suficientes para rodar a semana toda apenas com uma carga.
Importante lembrar que o Kwid E-Tech é mais econômico na cidade, devido a ele recuperar uma parte da energia geradas pelos freios durante as frenagens para recarregar as baterias, e é fato que na cidade os freios são mais utilizados, tanto é que no percurso misto, estrada / cidade, a autonomia cai para 265 km.
O Kwid E-Tech plugado em uma tomada caseira de 220v necessita de 9 horas para uma carga completa, de acordo a Renault, a cada 5 horas conectado em uma tomada 220 volts o Kwid elétrico já pode rodar 100 km.
Usando um carregador rápido wallbox (corrente AC de 7 kW) – que tem de ser comprado a parte e instalado em casa, a carga completa acontece em apenas 2h54min, enquanto que usando um posto público de alta potência com corrente DC, após 27 minutos na tomada já é possível rodar 100 km com o carro.
Para acompanhar o carregamento, o painel do Kwid fica ligado enquanto ele está plugado na tomada, indicando o tempo de recarga e a autonomia em km com a carga atual, o bocal de abastecimento fica embaixo do logo da Renault na grade frontal.
A Renault oferecerá em suas concessionárias carregadores wallbox das marcas WEG ou Schneider como acessórios para o carro, o preço não foi divulgado, mas no mercado um carregador WEG de 7,4 kW sai por R$ 8.300.
Visualmente. a versão elétrica do KWID é praticamente idêntica ao modelo com motor a combustão, a principal diferença fica por conta da grade frontal que tem padrão exclusivo, sendo mais fechada devido ao fato do carro precisar de menor refrigeração, além disso a grade esconde o bocal de recarga das baterias.
As rodas também são exclusivas, por ser mais alto e 200 kg mais pesado, o Kwid elétrico tem rodas em liga leve com 4 parafusos, ao invés de apenas 3 parafusos das demais versões, a suspensão também é mais alta e firme, Além disso a cor do modelo das fotos, chamada de Verde Noronha é exclusiva, além deste verde o Kwid E-Tech poderá vir nas cores: branco Glacier Polar e prata Diamond.
O painel tem o mesmo desenho e acabamento das demais versões do Kwid, a não ser uma tonalidade mais clara na parte superior do painel e no console em cinza, porém única diferença real mesmo é o volante que tem desenho exclusivo, além do fato de ser multifuncional, algo inexistente no Kwid normal.
A multimídia é mais simples e tem tela menor com 7 polegadas, contra 8 polegadas do Kwid 2023 normal feito no Brasil, porém a maior diferença no interior é o fato do modelo elétrico não ter câmbio, há apenas um seletor giratório no console central, que permite ao motorista escolher entre: “D” (drive/dirigir), “N” (neutro/ponto morto) e “R” (ré), há apenas uma única marcha.
O sistema elétrico não rouba espaço no interior do Kwid, tanto o banco traseiro quanto o porta malas seguem com o mesmo espaço do modelo com motor flex, sendo que o porta malas do Kwid E-Tech tem 290 litros.
O conjunto de equipamentos do Renault Kwid E-Tech 2023 também é um pouco mais generoso, contando com itens que não estão presentes nas demais versões do Kwid, como os seis airbags e vidros elétricos nas quatro portas (sendo que o Kwid normal tem apenas 4 airbags e vidros dianteiros elétricos), a lista ainda inclui ar-condicionado, controle de estabilidade, assistente de partida em rampas, freios com ABS e EBD, sensores de estacionamento traseiro e câmera de ré, central multimídia com tela touch-screen de 7 polegadas, direção 100% elétrica, retrovisores elétricos e ajuste de altura dos faróis, porém é só, não há luxos, o modelo não deixou de ser um Kwid.
Enfim o destaque do Renault KWID E-Tech fica mesmo por conta do seu preço, muito atraente para um carro elétrico, ele custa menos do que a metade do Nissan LEAF, o elétrico mais vendido no Brasil no ano passado e que sai por R$ 298.516 de acordo com a tabela FIPE.
O Kwid E-Tech deve vender bem para um carro elétrico, sendo uma opção viável para quem busca um carro para trabalho, como taxistas ou motoristas de aplicativos, porém é difícil imaginar uma pessoa normal, entrar na loja da Renault e pagar R$ 142.990 em um Kwid, apenas para ter um motor elétrico, só lembrando são R$ 80 mil a mais em relação ao modelo com motor 1.0 flex.
Infelizmente os carros elétricos para se popularizarem, carecem de incentivos para serem mais baratos, e assim mais viáveis para os consumidores em geral e mais competitivos no mercado.
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