Goste ou não o futuro é dos carros elétricos, várias montadoras já anunciaram que vão vender apenas carros elétricos a partir de 2030. Algumas empresas acreditam que em breve, isso também vai acontecer com as motos, pouco a pouco os modelos de duas rodas trocarão os motores a gasolina por eletricidade. Esse é o caso da fabricante brasileira Voltz, que estreou no mercado em 2020 vendendo apenas motos elétricas e vem fazendo bastante sucesso, já outras marcas como a chinesa Shineray estão apostando alto na mudança de gasolina para eletricidade, a fabricante chinesa que tem sua sede lá no Pernambuco, está lançando várias scooters 100% movidas a eletricidade, como é o caso da Shinerai SE1 2022, já à venda no Brasil com preço de tabela partindo de R$ 10.990, ela pode rodar até 80 km com uma carga completa das baterias.
Fotos: modelo na concessionária/Mega Motors Lauro de Freitas
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A proposta da Shineray SE1 2022 é ser um scooter puramente urbano, feita para rodar em cidades de pequeno e médio porte. Segundo dados de fábrica, a scooter elétrica da Shineray pode atingir até 60 km/h de velocidade máxima. Ou seja, não dar para encarar uma auto estrada ou fazer viagens com esse modelo.
Por ser um veículo destinado apenas para as cidades, o motor da Shineray SE1 é relativamente fraco, tem 2.000w de potência, é o equivalente a apenas 2.7 cv de potência (por exemplo a antiga Honda Biz 100 tinha 6.5 cv). Por isso a velocidade máxima não passa dos 60 km/h, um detalhe interessante é que o motor da Shinaray SE1 fica montado dentro da roda traseira, ele é do tipo “elétrico indutivo brusless”, ou seja não há câmbio, corrente ou relação, o motor é montado no próprio eixo traseiro (foto abaixo).
A autonomia máxima anunciada fica em 60 km até 80 km dependendo da versão escolhida, uma marca que em tese é mais do que suficiente para atender a demanda da maior parte das pessoas, como ir e vir do trabalho, ou ainda trabalhar fazendo entregas. Claro que esta autonomia pode variar de acordo com o estilo de condução do piloto, local onde se anda, se anda com garupa e etc.
Para recarregar a bateria que alimenta o motor elétrico, basta conectar a moto em uma tomada caseira, 110v/220 volts, o tempo de recarga varia de acordo com a versão escolhida pelo consumidor, o tempo necessário para uma carga completa pode chegar até 10 horas.
A Shineray SE1 conta com duas variantes, a versão “Chumbo” que é a configuração de entrada e a top de linha “Lítio”, como o próprio nome denuncia a principal diferença entre elas está no tipo de bateria usado, a primeira versão que tem preço de R$ 10.990 usa uma bateria comum de chumbo / ácido com 72v e 32Ah, a peça não pode ser removida, pesa muito mais do que a de lítio. Para recarrega esta bateria são necessários entre 8 a 10 horas plugado na tomada.
Já versão Lítio é 37 kg mais leve em relação a versão Chumbo, (diferença que influencia na condução, desempenho e capacidade de carga da scooter), além disso, o motor é da marca BOSCH e a bateria da versão Lítio pode ainda ser removida. Além disso, a bateria de Lítio tem 60V 24Ah, por ser mais moderna precisa de menos tempo para ser recarregada completamente, entre 6 e 8 horas.
Porém a autonomia da SE1 Lítio é menor, são 60 km no máximo contra 80 km do modelo SE1 Chumbo, já a velocidade máxima é a mesma 60 km/h. Claro que o custo é maior na versão lítio, seu preço é R$ 3 mil mais caro, SE1 Lítio sai por R$ 13.990, contra R$ 10.990 do modelo de entrada com bateria de chumbo.
Um detalhe importante, talvez até mais importante do que o tipo da bateria, é a diferença de peso e capacidade de carga entre as versões, vamos explicar: há uma diferença no peso de quase 40 kg entre as duas versões devido a bateria, a SE1 Chumbo pesa 123 kg, contra apenas 84 kg da versão SE1 Lítio, é uma baita diferença.
Esta diferença no peso, além de influenciar na condução da moto, afetando por exemplo a aceleração e a agilidade, além do modelo mais leve cansar menos de ser pilotado no dia a dia, também afeta bastante a capacidade de carga, a versão Chumbo por já carregar o peso extra da bateria, acaba tendo uma capacidade de carga bastante inferior a versão Lítio.
De acordo com a Shineray a SE1 Chumbo tem capacidade para levar apenas 160 kg, isso já contando o peso dos ocupantes e da bagagem, ou seja, dois adultos com mais de 80 kg cada um, já superam a capacidade máxima de carga da scooter, e passando disso você certamente terá problemas. Enquanto a Shineray SE1 Lítio tem uma capacidade de carga muito maior, são 240 kg somado o peso dos ocupantes mais bagagem. Ou seja, este é um fato importante a ser considerado na hora da compra.
Além do tipo de bateria, as duas versões tem grandes diferenças em seu design, o modelo SE1 Chumbo por ser mais barato tem um visual mais simples e tradicional, porém ela não deixa de ser bonita, sua dianteira conta com faróis grandes divididos em dois segmentos, enquanto que mais acima na altura do guidão, ficam as setas que são em LED (foto abaixo) e as luzes de condução diurnas também em LED (foto abaixo).
Porém a SE1 Lítio (foto abaixo) tem um estilo muito mais atraente e moderno, o destaque principal fica por conta do farol do tipo Full LED em formato de X, que chama muita atenção na dianteira, conferindo uma aparência sofisticada a scooter, ainda nos faróis há luzes diurnas em LED na altura dos manetes do guidão.
Nas laterais o desenho das carenagens também são diferentes, assim como o desenho da lanterna traseira, mais moderno na versão SE1 Lítio.
Além disso, as dimensões também são diferentes, a Shineray Se1 Lítio, mede 1.96 m de comprimento, 70 cm de largura e 1.14 m de altura, enquanto a versão Se1 Chumbo, é menor tem 1.82 m de comprimento, 71 cm de largura e 1.09 m de altura.
O painel é bastante completo, ele é 100% digital e exibe a velocidade, temperatura ambiente, modo de condução, quilometragem, “trip” e nível de carga da bateria (foto abaixo).
Há três modos de condução: “1”, “2” e “3”, sendo que em cada um destes modos é alterado a potência do motor e a velocidade máxima, sendo que no modo 3, é permitido a velocidade máxima do modelo, os modos são escolhidos através de um botão localizado no manete do lado direito do guidão.
Há ainda tomada USB para carregamento de celular e dois porta-objetos no escudo frontal, outra vantagem é que como o motor fica dentro da roda traseira, há um bom espaço embaixo do banco, que pode servir para acomodar capacetes, mochilas ou pequenas ferramentas, a abertura do banco é controlada por chave, basta colocar a chave no contato e girar para a esquerda que o banco é destravado.
A versão SE1 Chumbo tem rodas menores, com 10 polegadas e pneus mais finos 3.00 10 (80/90), tanto na dianteira quanto na traseira os pneus têm as mesmas medidas, por não serem muito comuns, não é nada fácil achar estes pneus para reposição, o que faz o preço ser mais caro, enquanto a versão SE1 Lítio tem rodas maiores com 12 polegadas, calçadas por pneus mais grossos 90/90 12 tanto na dianteira quanto na traseira, já está é uma medida muito mais fácil de ser encontrada, é a mesma usada na Honda Lead 110, portanto seu preço é mais barato.
Por fim, ambos os modelos contam com freio a disco dianteiro e também traseiro, além de suspensão dianteira com garfo do tipo telescópico, e roda traseira com dois amortecedores, lembrando que os freios são comuns, não há ABS.
Sim ! As scooters SE1 da Shineray, pela lei brasileira apesar de serem elétricas, são consideradas uma scooter normal, ou seja, elas necessitam de emplacamento, pagam impostos normal, além do condutor precisar ter habilitação categoria “A”.
Enfim, muita gente ainda torce os nariz para as motos e scooters elétricas, muitos acham que é algo apenas para o futuro, porém a realidade é que elas já são uma realidade e têm tudo para dominar o mercado, principalmente por um fator que pesa bastante na escolha de muita gente, o preço, enquanto carros elétricos são inviáveis para a maioria das pessoas devido ao custo elevado, no caso das scooters a coisa é muito diferente, o custo para se livrar do posto de gasolina é interessante.
Claro que R$ 10.990 ou R$ 13.990 no caso da SE1 Lítio, está longe de ser uma pechincha, porém é um valor até mais baixo do que é cobrado pelas scooters normais com motor a gasolina, hoje em dia na casa dos R$ 15 mil, ou seja, o consumidor terá um veículo mais acessível e não precisará gastar mais com gasolina.
Claro que ainda há pontos negativos a serem ponderados, como a autonomia limitada em 60 km ou 80 km, que nesse tipo de motor elétrico ainda deixa bastante a desejar em relação aos motores a combustão, o demorado tempo de recarga – realmente é um problema a necessidade de deixar a scooter na tomada durante a noite toda para carregar para poder usa-la no dia seguinte, outro ponto negativo é com relação a durabilidade e o custo de manutenção, por exemplo, uma bateria nova de lítio pode custar em tornos dos R$ 3.000.
Porém é inegável que a venda de motos desse tipo vem crescendo em um ritmo forte, tendência essa que deve continuar ao longos dos próximos anos, assim como a tecnologia que deve se aprimorar.
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